Fonte: Reprodução do filme “Tempos Modernos”
Quando o assunto é indústria, é comum que venha a mente grandes fábricas, com chaminés e galpões se estendendo por quilômetros. Mas a realidade é que micro e pequenas indústrias representam uma parte mais expressiva do que as grandes empresas.
Segundo o SEBRAE, micro e pequenas indústrias representam 22,5% do PIB industrial brasileiro. Em Santa Catarina, essa realidade é ainda mais patente, com 37,3% dos empregos sendo gerados por essas empresas, que juntas equivalem a 94,6% dos estabelecimentos fabris. Estes dados do Portal da Indústria ajudam a ter dimensão da importância que esses atores têm para gerar negócios e postos de trabalho.
Quem são as micro e pequenas indústrias?
De acordo com a CNI, as micro indústrias empregam até 9 funcionários. Já as pequenas contam com 10 a 49 funcionários. As PMIs, como são chamadas, são empresas com atuação restrita e poucos colaboradores, mas com um potencial de crescimento gigantesco.
Estas empresas produzem nos mais diversos setores. PMIs abrangem desde manufatura tradicional até áreas como alimentos, têxteis, metalurgia, plásticos, móveis, produtos químicos e movelaria. Elas podem fabricar produtos de toda sorte, mas também vivem desafios substanciais para sua saúde financeira. Acesso a crédito, falta de infraestrutura, carga tributária e transporte dos produtos são os principais entraves vividos por micro e pequenas indústrias.
Como a linha de produção funciona em PMIs
Em 1913, Henry Ford criou a primeira linha de produção fordista da indústria automotiva. De lá para cá esse modelo foi replicado para diferentes setores e organizações. Há, portanto, um conjunto de princípios que guiam a montagem de qualquer linha de produção.
São eles: a produção ágil em larga escala, a diminuição de falhas com o uso de máquinas, a padronização dos processos, a pré-definição de cada etapa e a divisão do trabalho.
Como pequenas e micro indústrias contam com um quadro de funcionários enxutos, a divisão do trabalho, a pre-definição das etapas e o uso de maquinário possuem um peso ainda maior. Nenhum esforço deve ser desperdiçado e todos os recursos precisam ser empregados.
Imagine uma linha de produção composta por insumos básicos, esteiras rolantes, máquinas e mão de obra humana. Cada operário ou equipe é responsável por uma etapa. Se os processos não estiverem bem alinhados e definidos, o processo inteiro fica ameaçado.
Melhorando a linha de produção de PMIs
Ações relativamente simples podem aumentar e muito a produtividade de micro e pequenas fábricas. O mapeamento do processo produtivo, por exemplo, é um método que mune o gestor de informações sobre o que cada etapa faz, quanto tempo dura, e o que pode ser feito para dar agilidade na fabricação.
Compreender quais são os equipamentos e em quais momentos eles são utilizados também é chave. É comum que algumas máquinas sejam subutilizadas, ou que o desconhecimento de uma nova tecnologia gera gastos desnecessários.
Quando o assunto é economia, micro e pequenas indústrias têm muito o que ganhar. Identificar insumos desperdiçados, encontrar novos fornecedores, ou ganhar mais autonomia energética. Há inúmeras maneiras de aumentar a produtividade e lucratividade dessas empresas, tudo que elas precisam é de um empurrãozinho.
Um programa feito para micro e pequenas indústrias familiares
O programa Agiliza é uma parceria entre SEBRAE e SENAI de Santa Catarina para tornar as micro e pequenas indústrias catarinenses mais produtivas e competitivas. O programa faz isso analisando os processos de produção, pensando novas estratégias e compartilhando conhecimento e técnicas para tornar essas empresas mais eficiente.
Os únicos pré-requisitos para participar é ser uma pequena ou média empresa baseada em Santa Catarina. O Agiliza foi feito levando em consideração o caráter diverso da indústria catarinense. Podem participar indústrias do ramo Têxtil, Moveleiro, Cerâmico, Metalúrgico e assim por diante, sem qualquer limitação setorial. Confira o site do programa e inscreva-se!
