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O Ecossistema de Inovação de Santa Catarina

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Ecossistema de Inovação de Santa Catarina

Com somente 1,1% do território brasileiro, o pequeno estado de Santa Catarina é um gigante quando o assunto é indústria e inovação. O estado é o segundo com o maior índice de competitividade industrial, tem 34,3% de sua população empregada em fábricas e ocupa a terceira posição quando o assunto é nível educacional. Como se não bastasse, duas das maiores cidades do estado, Joinville e Florianópolis, estão no top 3 do Índice de Cidades Empreendedoras (ICE).

Todas essas conquistas são decorrentes de um ambiente de trabalho, pesquisa e investimento que funcionam como engrenagens em um relógio. Sempre muito bem azeitadas. Educação, produção e inovação: este é o tripé que sustenta Santa Catarina em uma posição econômica privilegiada. Mas o que leva uma região em específico a desenvolver vantagens competitivas que outras carecem?

Não é muito diferente de cuidar de um jardim. Para que as belas orquídeas floresçam é preciso de um jardineiro atencioso, um solo em dia com os nutrientes, sementes selecionadas e umidade na medida certa. O jardim constitui um ecossistema, repleto de atores e variáveis que precisam estabelecer relações inter-relacionadas para gerar resultados. O mundo industrial é similar.

O que é um Ecossistema de Inovação?

De acordo com o dicionário Oxford, um ecossistema é um ambiente caracterizado por um conjunto de circunstâncias físicas e geográficas que oferecem condições favoráveis ao desenvolvimento da vida. Embora esse conceito se aplique à ecologia, na realidade das empresas e Centros de Tecnologia e Inovação (CTCs), o que ganha vida são novas tecnologias.

A partir dessa definição, os Ecossistemas de Inovação são redes e ambientes criados com o objetivo de reunir pessoas, empresas e conhecimento especializado por meio da inovação para agregar valor a produtos, processos ou à economia em geral. Nesses ambientes, todos os atores decisivos para tirar uma ideia inovadora do papel podem interagir, compartilhar e contribuir para o aperfeiçoamento de suas atividades.

Por definição, o Ecossistema de Inovação deve ser abrangente e multsetorial. Pegue o exemplo do Vale do Silício. Segundo Martin Valley, professor de Stanford, uma colaboração estreita entre universidades, Exército e indústrias se estabeleceu na região na década de 1960. Antes disso, o vale era uma região produtora de laranjas. Ou seja, para que o Ecossistema de Inovação fique de pé é necessário que diferentes atores dialoguem e se complementem.

Isso fica mais claro quando pensamos em um território com limites definidos. Embora a colaboração entre pesquisadores, gestores e empresas possa ocorrer de forma pontual, ter um lugar que propicia o encontro pode acelerar o progresso. Os Ecossistemas de Inovação reúnem infraestrutura, capital intelectual e experiência administrativa para criar ambientes de pesquisa e desenvolvimento que sejam prósperos. A partir do trabalho feito nesses ambientes, empresas podem gestar e amadurecer problemas de mercado em maior velocidade.

Ecossistema de Inovação de Santa Catarina

Ecossistemas de Inovação como catalisadores para as empresa

Para criar um novo produto ou uma tecnologia nunca antes vista, é essencial que grandes mentes interajam para conceber um novo caminho. Por isso mesmo, ecossistemas de inovação são formados pela colaboração entre diversos agentes, como startups, spin-offs de grandes companhias, fundos de capital, pesquisadores, gerentes de projetos, metrologistas, bolsistas de universidades e, indiretamente, o governo, todos trabalhando com o mesmo propósito.

Embora as empresas tenham um papel central no investimento e comercialização de qualquer nova tecnologia, elas dependem da cooperação de outras instituições anteriormente citadas para o desenvolvimento da inovação.

Os benefícios de um ecossistema de inovação são justamente essa cooperação de diferentes talentos, atraindo profissionais experientes e promovendo o surgimento de novas soluções.

Os Ecossistemas e o Networking

O networking é fundamental para projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) por vários motivos. Em primeiro lugar, o networking permite que pesquisadores e inovadores se conectem com outras pessoas que possuem habilidades, experiências e conhecimentos complementares, formando equipes multidisciplinares que são mais capazes de solucionar problemas complexos. Os ecossistemas, portanto, propiciam os momentos de encontro que o networking precisa para acontecer.

Além disso, o networking também ajuda a encontrar financiamento para os projetos, seja por meio de investidores, agências governamentais ou programas de incentivo à inovação.

Ecossistema de Inovação de Santa Catarina

O Ecossistema de Inovação de Santa Catarina em números

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