Smart Factory, são as chamadas “fábricas inteligentes” são um reflexo das transformações que se inserem dentro do cenário da Indústria 4.0. Enquanto conceito, a smart factory reúne o uso de robótica alinhada a sistemas digitais, análise de dados e mecanismos sensoriais para otimizar a operação industrial. Todas essas mudanças são reflexo de um cenário econômico que demanda cada vez mais agilidade, flexibilidade e sustentabilidade.
Em uma smart factory, um grande volume de dados são captados pelas máquinas e gerenciados pelos softwares que coordenam as operações, identificando gargalos e melhorias possíveis. Segundo estudo da consultoria Deloitte, as fábricas inteligentes podem triplicar a produtividade de cada trabalhador ao longo da próxima década. Um crescimento acumulado de 2.3% ao ano.
Não é preciso dizer que os países e polos industriais que aproveitarem essa oportunidade terão vantagem competitiva sobre os outros. Assim como as três revoluções industriais anteriores, o que está em jogo é uma posição de prestígio na economia global. A boa notícia é que o Brasil já está dando os primeiros passos em direção a este futuro. Vem com a gente que vamos te mostrar a fábrica do futuro.
Sensoriamento, Internet das Coisas e Smart Factory
Já parou para pensar: o que são dados? Pode ser a temperatura de uma máquina, o tamanho de um parafuso, ou tempo que uma peça leva para ser parafusada em outra. Dados são informações em sua forma bruta. Para agregar valor os dados precisam ser captados, tratados e interpretados. Nesta exata ordem!
O sensoriamento cuida desta primeira etapa: a captação do dado. Sensores espalhados numa linha de produção são os olhos que tudo veem. Com eles é possível identificar em qual etapa de fabricação a empresa está gastando tempo demais, onde os produtos estão perdendo qualidade, e até mesmo quais equipamentos estão precisando de reparos. Não muito diferentes de seres humanos inteligentes, as fábricas inteligentes começam com um olhar atento para a realidade.
Algoritmos Inteligentes: apoio a gestão da smart factory
A segunda etapa de uma smart factory é analisar os dados, os transformando em informações pertinentes. Imagine um caso concreto. Um equipamento elétrico sempre queima depois de sua resistência passar de 80º C. A linha de produção inteira precisa parar para que essa resistência seja trocada, ou esfriada.
Um algoritmo inteligente pode reparar isso, cruzando informação de todos os sensores da fábrica e sugerir quando a resistência precisa ser trocada. Eles geram, portanto, informação útil no momento oportuno, preparando o terreno para que mudanças pontuais sejam feitas.
Automação nas smart factories
O que mais alavanca a produtividade é a automação. Isso é um fato desde a primeira revolução industrial, quando um tear mecânico foi inventado para tecer tecidos que até então eram feitos manualmente, fio a fio. Mas é claro que só uma análise rigorosa pode apontar o que precisa ser automatizado.
Nas indústrias, muitas vezes homens são expostos a riscos elevados, fazendo atividades que poderiam ser executadas por uma máquina. Em outros casos, uma atividade manual consome tempo demais. Uma vez que o processo manual seja identificado como um gargalo, uma tecnologia pode ser desenvolvida especificamente para aquela tarefa.
Hoje a robótica vive uma revolução. Robôs podem imitar o movimento de homens, animais e até insetos. Eles podem se movimentar verticalmente, horizontalmente, na terra, no ar e no mar. É possível conceber uma automação para uma gama de tarefas, se for para o benefício da fábrica e da cadeia produtiva. As smart factories precisam aplicar a robótica para conquistar ganhos de eficiência. Dê uma olhada em nossos projetos para ter dimensão desta revolução.
Estoques flexíveis e a manufatura digital
Uma das maiores dores de cabeça das indústrias é manter um estoque em bom estado. Peças e componentes de fabricação precisam estar disponíveis caso a linha de produção precise de reposição. Por outro, esses espaços exigem gastos com aluguéis e pessoal. Uma dificuldade extra é que estas peças oxidam, ou estragam, gerando um desperdício contínuo.
Mas na fábrica inteligente o estoque é reposto conforme a necessidade. Mas como? Simples, as peças podem ser “impressas” a partir de arquivos digitais e manufatura a laser. Primeiro, os objetos são digitalizados e salvos em um repositório virtual. Depois esses arquivos são passados por um processo em que o laser funde metais e outras ligas para produzir uma nova peça. Incrível não é?
Rastreabilidade e o blockchain aplicado às smart factories
A tarefa de uma indústria é reunir objetos, profissionais e processos para gerar um produto com valor agregado. Para garantir a qualidade final, é necessário que cada parte que o compõem essa cadeia seja rastreável. O blockchain é uma tecnologia que oferece vantagens significativas em termos de rastreabilidade e transparência. Essas características podem ser aplicadas de várias maneiras dentro das linhas de produção das indústrias para melhorar a eficiência, qualidade e confiabilidade dos processos.
Por exemplo, o blockchain pode ser usado na fábrica inteligente para criar um registro imutável e transparente de todas as transações e movimentações ao longo da cadeia de suprimentos. Isso ajuda a monitorar a origem de peças e componentes. Isso torna mais fácil identificar e resolver problemas de qualidade, autenticidade e conformidade.
Oportunidade de financiamento para projetos de Smart Factory
Se a sua empresa estiver interessada em desenvolver projetos de smart factory, saiba que veio ao lugar certo. Os institutos SENAI de Santa Catarina têm expertise em desenvolver soluções de automação, sensoriamento, algoritmos inteligentes e manufatura digital. E a melhor notícia é que a Aliança Industrial ainda oferece financiamento para os projetos de nossos parceiros.
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